Blog

Dismenorreia: problema sem solução?

Por 6 de outubro de 20214 Comentários

Traduzido do idioma grego, a palavra ‘dismenorreia’ significa menstruação dolorosa. Mas, na prática, você sabe o que isso realmente quer dizer?

 

Caracterizado por dor intensa e recorrente na região pélvica ou na porção inferior do abdômen, esse problema pode acometer até cerca de 43% a 93% das mulheres jovens. Esse dado contribui significativamente para o aumento do absenteísmo, isto é, maior ausência em ambientes escolares e de trabalho, motivada por fatores adversos.

 

Trocando em miúdos, estamos falando das famosas e temidas cólicas que muitas mulheres costumam enfrentar a cada novo ciclo menstrual.

 

Vale lembrar que a dismenorreia é dividida em dois tipos: primária e secundária. Portanto, isso significa que o problema pode apresentar diferentes nuances e variações em seus efeitos, de pessoa para pessoa. Confira mais detalhes, a seguir: 

 

Tipos de dismenorreia e tratamento

 

A dismenorreia primária, mais comum entre as adolescentes e adultos jovens, não possui associação com nenhuma causa orgânica. O problema começa a ter maior frequência após dois anos da primeira menstruação e pode aliviar após a gestação, o que indica aumento do tônus da musculatura uterina durante o processo.

 

Já a dismenorreia secundária acomete mulheres a partir da segunda ou terceira década de vida e normalmente associa-se a alguma outra doença de base, como a endometriose. 

 

Dentre os tratamentos médicos mais comuns está o medicamentoso, com o uso de anti-inflamatórios, analgésicos e anticoncepcionais orais. No entanto, o tratamento pode se valer de outras opções, como, por exemplo, a realização de atividade física regular, uma vez que este hábito é capaz de liberar substâncias que combatem o quadro inflamatório e reduzem a sensibilidade à dor. 

 

E não poderíamos deixar de mencionar, é claro, que a Fisioterapia Pélvica contribui diretamente para o tratamento. Através de massagens, reorganização do tecido miofascial e correções posturais, é possível melhorar a mobilidade dos órgãos e aumentar o fluxo sanguíneo da região. Assim, ao reduzir a tensão muscular, diminuímos também o dolorimento durante o ciclo menstrual. 

 

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco e saiba como podemos te ajudar.

 

Referências 

Gerzson, Laís Rodrigues et al. Physiotherapy in primary dysmenorrhea: literature review* * Received from the University Center Fransciscano, Santa Maria, RS, Brazil. . Revista Dor [online]. 2014, v. 15, n. 4 [Acessado 22 Agosto 2021] , pp. 290-295. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/1806-0013.20140063>. ISSN 2317-6393. https://doi.org/10.5935/1806-0013.20140063.

 

Carroquino-Garcia, P., Jiménez-Rejano, J. J., Medrano-Sanchez, E., de la Casa-Almeida, M., Diaz-Mohedo, E., & Suarez-Serrano, C. (2019). Therapeutic Exercise in the Treatment of Primary Dysmenorrhea: A Systematic Review and Meta-Analysis. Physical therapy, 99(10), 1371–1380. https://doi.org/10.1093/ptj/pzz101 

Dra. Kamilla Zomkowski

Dra. Kamilla Zomkowski

Fisioterapeuta CREFITO-10 208740/F
Mestre em Fisioterapia - UDESC
Especialista em Fisioterapia na Saúde da Mulher - ABRAFISM/COFFITO 
Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina 
Laboratório Saúde da Mulher - LaSAM
 
(48) 99914-4841

4 Comentários

Deixe uma resposta